36 recursos hídricos devem ser limpos até quadra chuvosa – Metro

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Bairros cortados pelo Rio Maranguapinho, comunidades do Lagamar e do Pau Fininho, Avenida Heráclito Graça. Todos esses locais de Fortaleza enfrentam problemas históricos de inundações e alagamentos no período mais chuvoso da cidade, entre fevereiro e maio. Para prevenir novos transtornos em 2021, uma Prefeitura publicação um plano com diversas ações intersetoriais, incluindo a limpeza de 36 dos 161 recursos hídricos monitorados pela Defesa Civil, como lagoas, canais e açudes, até abril deste ano.

Até o momento, entre 25% e 30% dos serviços preventivos já estão realizados, segundo o secretário da Gestão Regional (Seger), João Pupo. No ano passado, por exemplo, 118 recursos hídricos e 6.315 bocas de lobo foram limpos, com uma remoção de cerca de 38 mil toneladas de resíduos descartados incorretamente no entorno. No mesmo período, 39 Km do sistema de drenagem foram ampliados e recuperados.

De acordo com a gestão, os trabalhos foram iniciados ainda em setembro de 2020. O prefeito José Sarto garante que o objetivo é melhorar a capacidade de resposta do Município para possíveis ocorrências durante as chuvas. Segundo ele, a quadra chuvosa pode ser "um pouco mais forte do que em 2020". O prognóstico oficial da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) só deve ser divulgado na próxima semana.

Em 2020, a Capital registrou chuvas acima da média histórica em todos os meses da quadra invernosa, de acordo com o Calendário de Chuvas da Funceme. No período de fevereiro a maio, choveu 1.533,5 milímetros, 47% acima dos 1.043,3 milímetros registrados na média. Até o momento, nos primeiros 11 dias de janeiro de 2021, choveu 15,9 mm.

Preocupação

Quem observa o futuro com a preocupação é o motorista Nailton Castro, que mora próximo à Lagoa do Papicu. Ele lembra que, em anos anteriores, o grande volume de água transbordava e invadia ruas e residências. "Muita gente perdeu móveis, algumas casas desabaram. Até agora tá suportando, mas será que vai continuar com as primeiras chuvas?", Questiona. Há cerca de três meses, a Prefeitura iniciou obras preventivas na área que Nailton percebeu como "melhorias".

O desenhista João Leite reforça o "sufoco" que era quando "a lagoa crescia no inverno". "A gente tinha que improvisar umas pontes de madeira pra passar, e a água ainda misturava com o esgoto", afirma. Já no bairro Aerolândia, um comerciante Sandra da Silva conta que, no início do ano, a população compra tijolos para reforçar a entrada das casas e evitar alagamentos. "Mesmo a minha sendo alta, ainda entra. Já perdi sofá, cômoda e cama", diz.

O plano de contingência de alunos ainda que a gestão municipal dispõe de um estoque de material assistencial, como cestas básicas, colchonetes, mantas e redes, caso seja necessário atender a ocorrências de inundação e, consequentemente, realocar famílias em outros espaços, como quadras, escolas e Cucas. Em emergências, a Prefeitura recomenda acionar a Defesa Civil por meio do número 190, disponível 24 horas por dia.

Contudo, o planejamento não engloba apenas infraestrutura. Outro ponto destacado é uma preparação de 23 unidades de saúde que ficarão de plantão para atender a casos de arboviroses, como dengue, zika e chikungunya, veiculados pelo mosquito Aedes aegypti, e uma leptospirose, comumente transmitida pela urina de roedores. No ano passado, cinco pessoas morreram por dengue e cinco por leptospirose na cidade.


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Fonte: Post Original