Cientistas descobrem moléculas que desaceleram o câncer cerebral – cotidiano
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Pesquisadores do Centro de Química Medicinal da Unicamp, em Campinas, participaram de um estudo que informações moléculas que desaceleram o desenvolvimento de câncer cerebral. Os resultados foram constatados em células-tronco tumorais cultivadas em laboratório e em camundongos.
No estudo, publicado na revista Nature Communications, os cientistas buscam novas terapias para o tratamento de glioblastoma, tipo de câncer cerebral altamente agressivo e adultos e crianças. Apenas 10% dos pacientes sobrevivem mais de cinco anos.
Segundo os pesquisadores, a dificuldade de se encontrar tratamentos para a doença é atribuída à presença de células-tronco tumorais que impulsiona o crescimento do glioblastoma e confere resistência aos tratamentos. Por esta razão, as células tronco tumorais são importantes alvos para o tratamento deste câncer.
Durante a pesquisa, os cientistas recebem pequenas moléculas capazes de inibir tanto a proliferação de células-tronco tumorais de pacientes (cultivadas em laboratório) quanto ao glioblastoma implantado em camundongos.
O estudo foi liderado pelo SGC (Structural Genomics Consortium) de Toronto com a participação de instituições canadenses, americanas e dos pesquisadores da Unicamp, com o apoio da Fapesp.
EXPERIMENTOS
Neste artigo, os cientistas realizaram uma varredura de moléculas em busca daquelas capazes de inibir o crescimento de células tronco tumorais em laboratório. Duas moléculas tiveram resultados mais promissores, a GSK591 e a LLY-283.
Estas moléculas atuam na enzima associada associada ao glioblastoma, uma metiltransferase 5 de arginina (PRMT5). A PRMT5 é responsável pela organização da produção de proteínas no interior da célula, em um evento chamado de splicing alternativo de RNA.
Os pesquisadores cultivaram, em laboratório, células-tronco tumorais de pacientes com glioblastoma e, em seguida, aplicaram as moléculas inibidoras. O resultado foi uma desaceleração do número de células de câncer. Esta constatação é particularmente importante, principalmente por se tratar das células que conferem maior resistência e avanço do tumor.
Em seguida, parte essas células cultivadas foram implantadas em camundongos, e após algumas semanas, os iniciaram o tratamento dos animais com os inibidores químicos. Além de maior sobrevida dos camundongos, os cientistas verificaram a estagnação do tumor, e a maior permeabilidade cerebral da molécula LLY.
CONTRIBUIÇÃO DA UNICAMP
Neste estudo, os pesquisadores da Unicamp contribuíram com uma análise de bioinformática de um grande volume de dados oriundos de cerca de 30 de pacientes para conseguir extrair as informações biológicas relevantes para o estudo.
"Analisamos ao todo quase 300 mil eventos de splicing. É preciso saber quais deles são do efeito da molécula", explica Felipe Ciamponi autor do artigo.
A contribuição brasileira definiu um mapa de eventos de splicing que entendre, como ocorria a inibição da proteína PRMT5 na célula. Este mapeamento apontou uma das causas da multiplicação de células no câncer. A inibição da PRMT5 impediu que as células tumorais se reproduzissem na mesma velocidade.
"Os resultados nos resultados muito otimistas, sobretudo por se tratar de um câncer extremamente agressivo, e difícil de ser tratado. Estes inibidores químicos abrem um caminho que parece promissor", finaliza Ciamponi.
Conforme os pesquisadores, as próximas etapas consistem em entender detalhadamente o efeito dessas moléculas sobre o câncer e criar formas de moléculas transformando-as mais estáveis e permeáveis ao cérebro, para que possa guiar um estudo pré-clínico. (Com informações de Paula Drummond / Centro de Química Medicinal / Portal da Unicamp)
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Fonte: Post Original