Estudo falta revelação de limpeza em fossas sépticas em Guabiruba e Botuverá
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Pesquisa feita em Guabiruba e Botuverá traçou o cenário do tratamento de esgoto necessário. De acordo com o levantamento de 2016, contratado pela Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajaí (Ammvi) juntamente com 21 prefeituras, a maioria da população conta com fossas sépticas, contudo, a falta de manutenção ainda preocupa.
A pesquisa foi desenvolvida sob a coordenação do engenheiro ambiental Willian Goetten. Ela foi especificada em 2015, por iniciativa da Ammvi, que congrega 14 prefeituras, mais sete outros municípios.
A Furb, de Blumenau, foi contratada para desenvolver o estudo. Goetten era professor na instituição à época, hoje, ele está na Udesc, mas continua com o trabalho. O levantamento foi feito por amostragem das populações de cada bairro, para ter um resultado geral.
Para obter os dados, os agentes municipais de saúde foram capacitados e aplicaram um questionário de 25 perguntas na população. A primeira cidade a participar foi Benedito Novo, em 2015, e depois Guabiruba e Botuverá, no ano seguinte.
A pesquisa foi contratada por exigência do Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC), que fiscaliza de perto a situação do saneamento básico no estado. Um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) foi assinado com 2010 cobrando medidas para tratar o esgoto.
Diagnóstico
De acordo com o levantamento, cerca de 80% das residências em Guabiruba contam com fossas sépticas. Em Botuverá, o percentual cai para 66%. Ainda assim, o engenheiro ambiental considera positivo.
Já em relação aos filtros anaeróbicos (que deve ser instalado junto com uma fossa), 52% dos guabirubenses possuem casa. Em Botuverá, aproximadamente 57% das residências têm esse sistema.
Um dado que preocupa Goetten e, de acordo com ele, merece atenção, é que apenas 46% da população de Guabiruba, que faz a limpeza da fossa regularmente. “Ocorrência da frequência de limpeza, não vai adiantar”, afirma.
A pesquisa descobriu que a maioria das pessoas só limpa a fossa quando o cheiro começa a voltar pela tubulação. No entanto, o ideal é que não chegue a este ponto e que a manutenção seja feita periodicamente.
Outro item importante no tratamento de esgoto domiciliar é a caixa de gordura. Ela fica instalada do para residência, e por ela passa toda a água que sai da pia. Ali, a gordura é retida e depois deve ser retirada por empresa especializada.
De acordo com a pesquisa, 75% das residências em Guabiruba contam com caixa de gordura. Em Botuverá, o percentual é menor: 48,83%.
Estudo é o primeiro passo para políticas públicas
O engenheiro ambiental Goetten afirma que o saneamento básico é um dos problemas atuais que devem ser lidados pelas prefeituras catarinenses. Ele cita o TAC assinado com o MP-SC como um sinal de que o assunto tem ganhado importância.
Depois do TAC, os estados conhecidos obrigados a tomar ação, mas não sabiam por onde começar. O estudo realizado por Ammvi / Furb é o primeiro passo para que as políticas públicas sejam implantadas com o objetivo de melhorar o tratamento de esgoto no estado.
O diagnóstico por amostragem serve para embasamento para as prefeituras, como foi o caso de Guabiruba. “Guabiruba se encontra na mesma situação. E a falta de dados sobre o saneamento no município atrasa e dificuldade a elaboração de políticas públicas para a melhora do saneamento básico municipal ”, diz o engenheiro ambiental.
Uma das políticas mais importantes é o Plano Municipal de Saneamento Básico. A criação e implantação deste plano é alvo de fiscalização do Ministério Público.
Na avaliação de Goetten, o baixo índice de pessoas que fazem a manutenção das fossas é o motivo de preocupação. Para mudar essa situação, uma das propostas é que o serviço de limpa fossa seja contratado coletivamente, por ruas ou bairros, para baratear ou custo.
Os dados sobre Guabiruba foram chamados na sessão da semana passada da Câmara de Vereadores. Já os de Botuverá deve ser divulgados em breve pelo prefeito.
Prefeituras da região planejam ações
O prefeito de Guabiruba, Matias Kohler, diz que o estudo desenvolvido pela Ammvi servirá como base para o Plano Municipal de Saneamento Básico, que já existe desde 2013 e será revisado em breve.
Ainda não existe uma data, mas a prefeitura deve enviar o projeto de revisão do plano à Câmara de Vereadores nos próximos meses.
O prefeito de Botuverá, José Luiz Colombi, o Nene, diz que pretende investir no saneamento básico no tratamento de resíduos sólidos. Nene, que também é presidente da Ammvi, diz que um esforço está sendo feito para mudar a situação nos municípios da região.
A intenção da prefeitura é, a partir de agora, trabalhar em políticas públicas para melhorar o saneamento em Botuverá. Um exemplo seria a contratação do limpa fossa em grupo, como já sugerido por Goetten. A pesquisa ainda não foi realizada em Brusque.
Município | Percentual que possui tanque séptico |
Guabiruba | 79,78 |
Botuverá | 66,25 |
Município | Percentual que limpa a fossa regularmente |
Guabiruba | 46 |
Botuverá | 21 |
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Fonte: Post Original