Grafiteiro de Campinas é premiado como melhor artista brasileiro da Europa: 'Acredito nos bons exemplos' | Campinas e Região

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Natural de Campinas (SP) e radicado em Londres, na Inglaterra, o grafiteiro Gustavo Nénão, de 37 anos, foi eleito o melhor artista brasileiro da Europa na premiação "Best of Brazil European Awards 2020". Com 27 anos de caminhada profissional, o artista acredita que o resultado vai além de um título.

"Pra mim é mais do que um atributo. É mostrar que sim, o Brasil tem competência, tem pessoas boas e tem talento. Eu acredito muito nos bons exemplos, no povo que vai, trabalha, corre atrás, se renova e se adapta" , afirma.

De acordo com Nénão, a premiação, cujo resultado foi anunciado na última quinta-feira (19), contou com cerca de 50 concorrentes, pertencentes a diversas categorias além das artes visuais. O prêmio mais recente agora acompanhado como diversas conquistas que o grafiteiro leva no currículo.

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"Já recebi o prêmio Anamatra de Direitos Humanos, em 2014 eu fui convidado para participar de um projeto em Nova York para a Michelle Obama (ex primeira-dama dos Estados Unidos) … acho que são passos para a gente continuar melhorando, evoluindo e levando essa alma brasileira ", analisa Gustavo.

Artista foi convidado por Michelle Obama para grafitar na entrada da ArtBean Gallery, em Nova York – Foto: Gustavo Nénão / Arquivo Pessoal

Graduado em publicidade e propaganda pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Campinas, Gustavo Nénão se aventurou pela arte ainda na infância, aos 12 anos. O grafiteiro se lembra de, à época, rabiscar paredes despretensiosamente e viajar para São Paulo em busca de aprendizado cultural.

"Eu lembro que eu via muito Os Gêmeos (dupla de irmãos grafiteiros de São Paulo) pintarem, queria entender como eles faziam e como era desenvolvido o traço. Ficava quietinho do outro lado da rua, observando e tentando buscar mais referências", recorda o artista.

Grafite realizada pelo artista Gustavo Nénão na Espanha, com a imagem do pintor Pablo Picasso – Foto: Gustavo Nénão / Arquivo Pessoal

Arte, futuro e transformação

Para o campineiro, o título do melhor brasileiro da Europa ainda não é suficiente. Segundo Nénão, a meta para o futuro é se tornar o melhor do mundo e, no meio do caminho, transformar a experiência adquirida com a arte em ensinamentos para gerações futuras.

Os planos daqui em diante incluem o desenvolvimento, junto a patrocinadores, de caráter social para incentivar a arte entre as pessoas em situação de vulnerabilidade. "(Quero) poder mudar a vida das pessoas assim como a arte mudou a minha vida. Poder usar tudo que eu já passei e aprendi para ajudar as pessoas que às vezes não têm uma condição".

"A gente está entrando em um formato muito robótico, onde as pessoas estão deixando de sentir, viver e experimentar muitas coisas, principalmente essa nova geração. Eu espero muito que as pessoas possam parar em frente a uma obra, olhar e sair dali diferentes de quando chegou ", finaliza Nénão.

Trabalho realizado nas pilastras de um complexo artístico em Londres – Foto: Gustavo Nénão / Arquivo Pessoal

* Sob supervisão de Fernando Evans.

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Fonte: Post Original