Jovem fala em 'cena assustadora' após ataque que feriu oito no litoral de SP; VÍDEO | Santos e Região

O caso ocorrido em frente a um estabelecimento localizado no bairro Vila Sônia. A maioria das vítimas estava em bicicletas, por volta das 22h de terça-feira (4), quando um motociclista passou pela rua. O garupa atirou várias vezes em direção ao grupo. Em pânico, como vítima se jogaram ao chão, tentando se proteger dos disparos. Após o crime, motociclista e comparsa fugiram do local (veja o vídeo acima)

"Achei que iria morrer, fiquei com muito medo. Nunca tinha visto ou vivido alguma coisa assim na vida. Na hora, só pensava nisso. Nós (ele e os amigos) sempre ficamos ali conversando, é algo normal para a gente, todo dia ficamos uma horinha, mais ou menos. Naquela noite, a gente estava conversando, e quando a moto veio, nunca imaginamos que aconteceria aquilo. Foi um susto muito grande. Tomei dois tiros na perna ", relata.

O jovem ouvido pelo G1 também afirmou que ele e os amigos não têm envolvimento com o crime. "A maioria trabalha, eu mesmo trabalho em uma Desentupir Pia em Campinas, e agora, como levei dois tiros na perna, estou exclusivo dez dias do trabalho. Isso me prejudica demais, porque pago aluguel e ajudo na criação do meu irmão", diz.

O rapaz conta que não conseguiu ver nenhuma das característica dos suspeitos, além de que estavam ambos de preto, e que conseguiu correr para o bar, por isso não ficou tão ferido. Em seguida, todos os feridos foram levados a prontos-socorros da cidade. "Agora, estou esperando para ver quando vou fazer minha cirurgia, estou com a perna enfaixada, em casa, sem poder fazer nada até lá", lamenta.

"A gente passou por um trauma muito grande. Foi muito tiro, e por pouco a gente não morreu. Teve um menino que tomou quatro tiros. Agora, eu quero que a cirurgia seja agendada logo, e que tirem as balas da minha perna, porque preciso trabalhar e ajudar em casa. Tem alguns amigos meus que recebeu em estado bem mais grave. Como a gente produziu na favela, achamos estranho, porque se fosse ladrão, ele iria direto em quem queria matar. em bairro periférico, já tentam taxar que levou tiro foi bandido, e muitas pessoas não consideram nossas vidas tão importantes. A realidade é outra ", finaliza.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo afirmou que o caso é investigado pelo 1ºDP de Praia Grande. A autoridade policial analisa imagens e realiza diligências em busca de testemunhas que auxiliem na identificação e prisão dos autores do crime.

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