Maioria dos caminhões-pipa estaria irregular

Das 40 empresas que atuam na região, somente três estariam dentro da lei

Os problemas de falta de água nas cidades da região faz muita gente apelar para os caminhões-pipa. Por outro lado, o serviço gera quanto à qualidade da água transportada e a dúvida se a empresa responsável atende às exigências sanitárias. Um obrigatório do setor em Itajaí denuncia que entre as cerca de 40 empresas que atendem a região, apenas três estariam escalonadas, a dele, uma da Praia Brava e outra de Ilhota.
Ontem, a vigilância Sanitária do Estado soltou uma alerta com os cuidados para serem tomados antes de utilizar o serviço de transporte de água através de caminhões-pipa.

Até limpa-fossa
De acordo com o emprego que denuncia os transportadores irregulares, há até empresas de limpeza-fossa que tão usando os tanques pra distribuir água à população, o que é proibido. Em outros casos, antigos tanques de postos, usados ​​pra armazenar combustível, foram reaproveitados pra levar água.
Em Bombinhas, segundo relata, uma carreta que transportava produtos químicos, como soda cáustica, estaria fazendo o serviço de caminhão-pipa.
O exigido para não ser identificado por temer perseguição e correção. Ele afirma que encaminhou uma denúncia por e-mail ao ministério da saúde.
Ainda em Bombinhas, segundo aponta, caminhões de empresas de limpeza de esgoto, de São José, estariam até usando indevidamente o nome da Águas de Bombinhas para entregar água. Pelo que conta, dos cinco caminhões, apenas um dos veículos teria um tanque apropriado pra levar água.
Em esclarecimento, a Águas de Bombinhas informou que não tem conhecimento do caso envolvendo a empresa. “Os caminhões da empresa atendem apenas com protocolos e não cobram pelo serviço. Portanto, o morador que não possui número de protocolo, não receberá o caminhão ”, informa.
A orientação aos indicadores no caminhão-pipa é que procurem a empresa através dos canais oficiais de atendimento.

Fonte de água
O constrangimento também levanta a suspeita sobre a origem da água das empresas clandestinas. Pela legislação, os transportadores precisam ter uma fonte licenciada. “Tem caminhão carregando em cachoeira e em poço sem licença”, afirma.
O destaque também destaca que a empresa deve ter um químico responsável, atender uma portaria do ministério da Saúde que trata do controle da qualidade da água e ainda ter o letreiro “água mineral” no tanque do caminhão, que deve ser exclusivo pro transporte. “Se não tiver escrito, rejeita e chama a fiscalização”, indica.
Ele ainda dá uma dica para conferir se o tanque usado para levar água não é de transporte de esgoto. O limpa-fossa tem uma tampa que abre todo atrás. Já o tanque de água tem uma abertura em cima, de entrada, uma embaixo, de saída da água. “Na dúvida, é só pedir pro motorista tomar a água que tá vendendo”, orienta.

Veja como identificar um caminhão-pipa irregular
Em virtude dos riscos à população, como de doenças que são transmitidas pela água, vigilância Sanitária de Santa Catarina divulgou uma nota técnica com orientações sobre os transportes de água pra consumo humano.
Segundo a nota, a licença e documentos que atestam a qualidade da água precisam estar em mãos do motorista. Além do letreiro nas laterais do tanque, é preciso constar endereço e telefone do responsável. O transportador também deve manter o registro atualizado das análises da água, com o mínimo de cloro previsto em lei.
É proibido usar tanques reaproveitados ou usados ​​pra outros fins, mesmo que seja água pra animais, construção ou jardinagem. Os tanques ainda devem estar bem conservados e com uma higienização em dia.
Segundo o órgão, compete às secretarias municipais de Saúde controlar a qualidade da água distribuída pelas empresas, podendo notificar os responsáveis ​​pra sanar irregularidades. São as prefeituras que devem fazer as vistorias e inspeções periódicas e autorizar o licenciamento sanitário do caminhão.