Mercadão de Campinas faz 113 anos: Conheça mais sobre o patrimônio municipal

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Por Mariana de Castro

Nesta segunda-feira, dia 12 de abril, o Mercado Municipal de Campinas, o famoso “Mercadão”, completa 113 anos. Localizado entre as ruas Benjamim Constant, Ernesto Kullman, Barreto Leme e Álvares Machado, bem no Centro da cidade, sua história se reunido junto ao município.

Construído com projeto do arquiteto Ramos de Azevedo durante o primeiro mandato de Orosimbo Maia (1908-1910), em arquitetura tipo mourisca, o mercado foi inaugurado em 1908, sendo conjugado com a Ferrovia Funilense. Na área funcionava um entreposto no qual o açúcar, destinado à exportação pelo Porto de Santos, era depositado.

O buscava local atender à necessidade da municipalidade da época por um comércio melhor fiscalizado e controlado, em contrapartida ao comércio ambulante e disperso que já era presente na época. É o que explica a historiadora Laura Candian Fraccaro, mestre em História Social da Cultura pela Unicamp. “O comércio já acontecia há muito tempo em mercados mais rudimentares (como os presentes na praça Carlos Gomes e no Mercado das Hortaliças). Isso adquire um novo corpo especialmente porque a cidade cresce, não apenas em população, mas também como lugar de comércio urbano na medida que ela é uma exportadora de açúcar já no começo do século 19. A construção de mercados e espaços para venda é uma tentativa de oferta dessa população que está vendendo ”, conta.

A historiadora também afirma que é importante, ao olharmos para o impacto do surgimento do Mercado, que tenhamos um olhar crítico para considerar uma estrutura da sociedade na época. “O Mercado é também um avanço arquitetônico muito bom, ele é maior, ventila muito melhor o ar, traz conforto; está conjugado com a existência de uma ferrovia (Ferrovia Funilense) que tem seu ponto inicial ali. Nenhum ponto de vista do desenvolvimento, ele é bom. ” Mas complementa: “antes, aquela área também comportava casebres, biombos, pessoas mais pobres que moravam ali. Era uma área muito suscetível a alagamentos e mal vista pela alta sociedade ”, comenta.

O Mercado Municipal surge, assim, como uma forma de alinhar o crescimento crescente com a área de recuperação da área para desenvolvimento da vida urbana.

Hoje, o Mercadão de Campinas se tornou um patrimônio histórico, cultural e gastronômico. Possui atualmente 143 caixas na área interna e 45 na área externa, que expõe a mais ampla variedade de produtos sempre frescos: especiarias e temperos, embutidos, carnes, peixes, peixes, frutas, verduras, castanhas, queijos e grãos, além de caixas especializadas em artigos religiosos, de pesca, de aquarismo e cutelaria, além de restaurantes e bares com iguarias que são clássicos da cidade.

O prédio foi tombado em 1983 pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat) e, em 1995, pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Artístico e Cultural de Campinas (Condepacc). É administrado pela Setec (Serviços Técnicos Gerais).

Passou por diversos processos de reforma, com um projeto de revitalização das características originais em 1996. Em 2005, a fachada foi pintada, o telhado reformado e os toldos dos boxes trocados. O estacionamento passou a ser automatizado e ganhou novas vagas. O Mercado comum, também, nova comunicação visual, projeto paisagístico, processo de higienização e recapeamento asfáltico.

Em fevereiro de 2021, o prefeito Dário Saadi anunciou que uma cidade receberá recursos federais para a reforma do Mercadão Municipal, por meio de emenda parlamentar do deputado federal Marcos Pereira. A verba anunciada é de R $ 7,2 milhões, do Ministério do Turismo, e o projeto estaria em fase de elaboração.

O Mercado Municipal é um dos principais pontos turísticos da cidade, pessoas de todos os lugares, seja por sua variedade de produtos, pela beleza do prédio, inspirado na arquitetura moura, sua história e até para projetos de pesquisa, mas que ainda são escassos . “A história está aqui, próxima de nós, a gente tem que escrever sobre esse povo”, comenta a historiadora.

O mercado atualmente funciona de segunda a sexta, das 7h às 18h, de sábado, das 7h às 16h, e aos domingos, das 7h às 12h, com medidas sanitárias adotadas.

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Fonte: Post Original