Projeto social leva saneamento básico para mais de 500 famílias – Pequenas Empresas Grandes Negócios
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Luiz Fazio e voluntários da Biosaneamento (Foto: Divulgação)
No Brasil, 34,1 milhões de domicílios ainda não têm acesso a um serviço de esgotamento sanitário. O dado, que representa 49,9% do total de residências, é da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB), divulgada em julho de 2020 pelo IBGE. Diminuir esse número é o objetivo da Biosaneamento, projeto de impacto social que leva saneamento básico para áreas em que a população sofre com a falta de atendimento.
Desde 2018, quando foi fundado, o projeto, que funciona com a ajuda de voluntários, já beneficiou mais de 500 famílias e duas mil pessoas diretamente.
A ideia surgiu há cinco anos, quando o engenheiro Luiz fazio, 46, participou de uma ação do Teto, associação que constrói no RJ moradias de um cômodo para pessoas carentes. Para ele, uma experiência foi um choque de realidade. “Tenho filhos e ver crianças descalças, andando naquele lugar esgoto a céu aberto, foi realmente chocante."
A cena desespertou em Fazio uma necessidade de ajudar. “O próprio Teto tinha iniciativas que não iam para frente porque era muito difícil trabalhar com saneamento. As empresas que são responsáveis por fazer isso, não o fazem. ”
A trajetória de empreendedorismo social de Fazio é antiga. Desde 2006, ele é voluntário do Instituto Anchieta-Grajaú, ajudando com assuntos diversos de engenharia. Certa vez, quando foi chamado para um novo projeto do Instituto, aproveitou para colocar na prática o modelo da Biosaneamento. “Havia um esgoto a céu aberto que estava contaminando uma área dentro do Instituto, ocupada por pessoas sem casa. Crianças atendidas pelo Instituto estavam ficando doentes ”, diz Fazio. “Falei que gostaria de encabeçar o projeto desde que fizéssemos algo que pudesse ser replicado para outras comunidades.”
Na época, Fazio entrou em contato com Guilherme Castagna, dono da Fluxus, empresa de design ecológico. Ele trouxe a ideia de tratar o esgoto em pequenos biodigestores, que atendessem de duas a três famílias. Pequenos, os equipamentos não precisariam passar por trâmites legais de aprovação.
Esse sistema originou um Biosaneamento, que foi recebido com grande potencial para conseguir financiamentos. De início, o projeto conseguiu R $ 200 mil de investimento, vindos da klar (empresa da qual Fazio é sócio), da Universidade de Michigan (que já era uma investidora do Instituto Anchieta), da Wework e de um crowdfunding virtual.
Desde então, a iniciativa participou de projetos de aceleração, como banheiros Mudam Vidas, na qual foi iniciada a participação entre 120 iniciativas de saneamento. Foi neste momento que Fazio teve contato com a Terra Nova, empresa social que conflitos na mídia para a regularização de casas ocupadas irregularmente. Agora, a Biosaneamento é responsável por toda a questão do saneamento dos domicílios tratados pela Terra Nova.
Em 2020, o projeto também foi selecionado pelo Lab Habitação e Moradia da Artemisia. Com isso, a Biosaneamento está girando para criar um produto com o objetivo de realizar diagnósticos socio-econômicos em comunidades e viabilizar sistemas de esgoto nas favelas.
“Como as empresas não costumam falar, mas o saneamento é um negócio que gera prejuízo”, diz Fazio. A Biosaneamento trabalha para desenvolver uma tecnologia mais barata e um estudo detalhado de quanto custará sua implantação. “É um produto comercializável, que gera receita para um Biosaneamento e, ao mesmo tempo, facilita para que empresas de saneamento entrem em favelas de maneira financeiramente sustentável.”
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Fonte: Post Original