Salles: governo dobra recursos para combater o desmatamento na Amazônia
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O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse hoje (22) que o governo vai dobrar o orçamento deste ano para ações de combate ao desmatamento ilegal na Amazônia. Salles não citou, entretanto, os valores, que, segundo ele, ainda estão pendentes na negociação do orçamento.
“O número preciso (dos recursos) não é possível estabelecer agora, porque nesta semana se está definindo o Orçamento junto ao Congresso Nacional. Porem, é possível dizer que o que houver de disponibilidade, o presidente vai dobrar o recurso ”, disse o ministro.
Salles concedeu entrevista, após a fala do presidente Jair Bolsonaro na Cúpula de Líderes sobre o Clima. Em discurso, Bolsonaro se comprometeu a, além de zerar o desmatamento ilegal até 2030, alcançar, até 2050, a neutralidade zero de transportada de gases de efeito estufa no país, antecipando em dez anos a sinalização anterior, prevista no Acordo de Paris.
De acordo com Salles, o governo desencadeará como ações de comando e controle contra desmatamento ilegal a partir do dia 1º de maio. O ministro disse que, com a duplicação dos recursos, o governo pode arcar com os custos de apoio de órgãos como polícias Federal e Rodoviária Federal, equipes da Força Nacional e também do apoio logístico das Forças Armadas.
“Isso (duplicação dos recursos) é importante porque dá sustentação a esse pagamento das equipes da Força Nacional, que pode aumentar e que se somam ao que já tem de equipes e logística do Ibama e ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) ”, Afirmou.
Durante uma entrevista coletiva, Salles disse ainda que espera recursos de países e empresas estrangeiras para antecipar como metas de desmatamento zero. Segundo o ministro, essa participação pode se dar no apoio do Orçamento para os ações de comando e controle e também no incentivo econômico da região.
“O presidente (Jair Bolsonaro) determinou a manutenção dos compromissos já assumidos e foi mais além: assumir o compromisso de eliminação do desmatamento ilegal em 2030, ele reforçou o Orçamento e pode, com ações, dar espaço para que (o prazo de ) 2030 seja antecipado na prática. Isso será tão mais fortemente feito quanto a gente vai receber recursos tangíveis, volumosos e imediatos dos países e empresa estrangeiras ”, acrescentou.
Salles também defendeu a concordância de dispositivos do Acordo de Paris que tratam do mercado de carbono. O tema será tratado na próxima Conferência Internacional sobre Mudança Climática, a COP-26, previsto para novembro, na Escócia.
Segundo o ministro, a regular do Artigo 6 do Acordo de Paris, que prevê a monetização dos créditos de carbono, é um dos elementos-chave do debate climático. Ele disse que, se os mecanismos já estivessem regulamentados, seria mais fácil o país receber recursos de empresas e países estrangeiros para compensar a emissão de gases de efeito estufa.
“O mecanismo principal para a fruição de recursos no mundo inteiro será o mercado de carbono construído sob as regras do Artigo 6 ° do Acordo de Paris. Este é o elemento-chave para os mecanismos de carbono. O Brasil tem todo interesse e vem incentivando ao máximo que seja elaborada essa implementação ”, afirmou.
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Fonte: Post Original